No futebol brasileiro, se um time grande passa um ou dois anos sem conquistar o principal campeonato do país surgem pressão de todos os lados: imprensa, torcida e até de dentro do clube. O que dizer então de um time que passou 18 anos (!!!) sem ser campeão nacional? Isso mesmo, 18 anos.
Pois foi este período de tempo que o tradicional Feyenoord passou sem comemorar o título da Eredivise, o Campeonato Holandês. Desde a distante temporada de 1998/99, os torcedores do time de Roterdã assistiram às comemorações de seus dois maiores rivais, Ajax (seis vezes) e PSV (nove vezes). Até os modestos AZ Alkmaar e Twente levantaram o troféu de campeão nacional durante o jejum do Feyenoord.
Mas a agonia do tradicional clube de Roterdã acabou no último domingo. Diante de sua fanática torcida, que lotou o De Kuip, o time derrotou o Heracles Almelo por 3 a 1, conquistando assim seu 15º título holandês. E coube ao experiente e ídolo do clube, Dirk Kuyt, anotar os três gols da partida, o que torna a conquista ainda mais especial.
O fim do jejum do Feyenoord teve colaboração brasileira. Eric Botteghin, de 29 anos, está no elenco há duas temporadas, mas foi na atual que ele se consolidou no time titular comandado por Giovanni Van Bronckhorst. Na campanha vitoriosa, o defensor deixou sua marca em quatro oportunidades e, na sua função primordial, contribuiu para que o Feyenoord terminasse a competição como segunda melhor defesa, atrás somente dos rivais PSV e Ajax.
Outros números que exemplificam a superioridade do time de Roterdã sobre os demais: ataque mais positivo (86 gols), além do artilheiro da competição, Nicolai Jorgensen, que balançou as redes 21 vezes.
Após a euforia do título e fim do jejum, o Feyenoord precisa se reforçar para fazer bonito na próxima edição da Liga dos Campeões, torneio do qual não participa desde a temporada 2002/03.
*Crédito da imagem; Divulgação/Site Oficial
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